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Empresa do interior de SP criada para orientar produtores rurais conquista espaço na zona diplomática da COP30

Diretor Luis Fernando Zambrano, da empresa Carbono Rural, em Mirassol (SP) Luis Fernando Zambrano/Arquivo pessoal Criada para apoiar e orientar produtores rurai...

Empresa do interior de SP criada para orientar produtores rurais conquista espaço na zona diplomática da COP30
Empresa do interior de SP criada para orientar produtores rurais conquista espaço na zona diplomática da COP30 (Foto: Reprodução)

Diretor Luis Fernando Zambrano, da empresa Carbono Rural, em Mirassol (SP) Luis Fernando Zambrano/Arquivo pessoal Criada para apoiar e orientar produtores rurais do país sobre soluções climáticas, uma empresa de Mirassol (SP) participa da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas 2025 (COP30), evento mundial que discute, desde segunda-feira (10), ações sobre as mudanças climáticas em Belém (PA). A empresa, chamada Carbono Rural, também participa da Blue Zone, um espaço diplomático e de acesso restrito a chefes de Estado, delegações oficiais e autoridades credenciadas para discussões oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp O diretor Luis Fernando Zambrano, de 45 anos, revelou ao g1 que participar da COP30 é um reconhecimento do trabalho desenvolvido pela empresa, que busca conectar o produtor rural com as soluções globais de clima. De acordo com ele, a empresa nasceu há três anos, a partir de uma percepção de uma lacuna entre o produtor rural e o mercado ambiental. Mesmo jovem, já alcança 18 estados brasileiros e, com foco na restruturação florestal, atua em cerca de 250 hectares de terra no noroeste paulista. Na COP30, pretende levar a experiência prática em regularização ambiental, mercado de carbono e Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) - um instrumento econômico que recompensa financeiramente produtores rurais e comunidades por práticas que conservam e restauram ecossistemas, como a proteção de florestas, nascentes e a recuperação de áreas degradadas - que já estão sendo acessadas por produtores do noroeste paulista. "Estar nesse ambiente significa visibilidade para projetos, diálogo direto com governos, financiadores, compradores de créditos de carbono, além da oportunidade de apresentar o protagonismo do produtor rural brasileiro na construção de um mundo ecologicamente equilibrado", reflete o diretor. Veja a reportagem da cobertura da TV TEM na COP30: COP 30: conferência do clima inicia nesta segunda-feira em Belém Estudos indicam, de acordo com o diretor, que projetos de regeneração natural podem remover entre nove e 19 toneladas de CO₂ por hectare ao ano, dependendo do bioma e do manejo. Considerando essa referência, os 250 hectares em restauração no interior de SP têm potencial para sequestrar entre 2.250 e 4.750 toneladas de CO₂ por ano, além de gerar benefícios duradouros para o ecossistema. "Essas ações representam um avanço concreto na recuperação de áreas degradadas e recomposição da vegetação nativa, com reflexos positivos sobre a biodiversidade, estrutura e fertilidade do solo, e a recarga hídrica", conclui Luis. A Carbono Rural tem uma capacidade de geração estimada em aproximadamente 140 milhões de toneladas de CO₂, equivalente em projetos de conservação e restauração florestal. O volume equivale a neutralizar as emissões anuais de cerca de 30 milhões de automóveis, demonstrando a escala e relevância da contribuição rural brasileira para a mitigação global das mudanças climáticas. Segundo o diretor, empresas que adotam estratégias de descarbonização garantem a compensação de emissões por meio de ativos ambientais, em conformidade com padrões regulatórios e financiamento da conservação ambiental. O principal desafio, no entanto, é a complexidade técnica e jurídica. Mesmo produtores que possuem áreas elegíveis enfrentam barreiras como os altos custos iniciais de estruturação, incertezas de preços e demanda por créditos e ausência de regulamentação. Por isso, a empresa também apresentará modelos de apoio técnico e financeiro ao campo, ferramentas de monitoramento via satélite, mecanismos de rastreabilidade e estruturas híbridas de financiamento climático, que unem o setor privado e o público para acelerar projetos sustentáveis. Empresa de Mirassol (SP) chega ao palco global da COP30 Luis Fernando Zambrano/Arquivo pessoal Área de recuperação ambiental promovida pela empresa de Mirassol (SP) Luis Fernando Zambrano/Arquivo pessoal Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM