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Empresários, ex-secretários e amigos: veja nomes com os quais Rodrigo Manga não pode ter contato após 2ª fase de operação da PF

Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos) Mike Adas/TV TEM Dez pessoas, entre empresários, ex-secretários, ex-servidores e amigos de Rodrigo Manga (R...

Empresários, ex-secretários e amigos: veja nomes com os quais Rodrigo Manga não pode ter contato após 2ª fase de operação da PF
Empresários, ex-secretários e amigos: veja nomes com os quais Rodrigo Manga não pode ter contato após 2ª fase de operação da PF (Foto: Reprodução)

Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos) Mike Adas/TV TEM Dez pessoas, entre empresários, ex-secretários, ex-servidores e amigos de Rodrigo Manga (Republicanos), estão entre os investigados da Operação Copia e Cola e com os quais ele não pode ter contato. A Polícia Federal apura uma suspeita de corrupção na Prefeitura de Sorocaba (SP). O caso culminou no afastamento de Manga, conhecido como prefeito tiktoker, na quinta-feira (6). A Operação Copia e Cola investiga denúncias de corrupção na área da saúde na Prefeitura de Sorocaba. A primeira fase ocorreu em 10 de abril e teve mandados de busca e apreensão, entre outros locais, na casa do prefeito Rodrigo Manga. A Prefeitura de Sorocaba também foi alvo. A segunda fase ocorreu na quinta-feira. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Prefeito Rodrigo Manga é afastado do cargo durante operação da PF A lista dos investigados está no documento por meio do qual a Câmara de Sorocaba foi comunicada sobre as medidas cautelares contra o chefe do Executivo, lido durante a sessão de quinta-feira (6) pelo presidente da Casa, o vereador Luis Santos (Republicanos). Confira a lista: Marco Silva Mott: empresário, amigo do prefeito afastado e suposto operador; Josivaldo Batista de Souza: cunhado do prefeito afastado; Simone Rodrigues Frate de Souza: cunhada do prefeito afastado; Rafael Pinheiro do Carmo: amigo e ex-servidor da Prefeitura de Sorocaba; Cláudia Cenci Guimarães: empresária; Fausto Bossolo: ex-secretário municipal; Vinícius Tadeu Sattin Rodrigues: ex-secretário municipal; Paulo Sirqueira Korek Farias: empresário; Anderson Luiz Santana: empresário; Sergio Ricardo Peralta: empresário. Sirlange Frate Maganhato, mulher de Rodrigo Manga, também é investigada pela Polícia Federal. Lista de investigados aos quais o prefeito afastado de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), não pode ter acesso Reprodução Determinações assinadas em outubro De acordo com o documento enviado à Câmara de Sorocaba, ao qual o g1 teve acesso integral, as determinações contra Rodrigo Manga foram assinadas em 20 de outubro pelo desembargador federal José Lunardelli, que substituía André Nekatschalow, titular do caso. O documento, citando o Código de Processo Penal, afirma que as medidas decretadas são diversas da prisão contra Rodrigo Manga e estabelece prazo de seis meses. Foram três as medidas deferidas: a) Proibição de acesso e frequência à sede da Prefeitura de Sorocaba; b) Proibição de manter contato, por qualquer meio, diretamente ou mediante terceiros, com servidores públicos municipais e os seguintes investigados; c) Suspensão do exercício da função pública de prefeito de Sorocaba. Foram presos na quinta-feira, durante a segunda fase da Operação Copia e Cola, o empresário Marco Silva Mott, amigo do prefeito, suspeito de ser lobista e de lavar dinheiro em diversos contratos da prefeitura; e o pastor Josivaldo Batista de Souza, que é casado com a irmã da primeira-dama, Sirlange Frate Maganhato. Josivaldo Batista e Marco Mott, investigados em operação que levou ao afastamento do prefeito de Sorocaba (SP) Reprodução/Redes sociais O que dizem os citados A defesa do prefeito, representada pelo escritório Bialski Advogados Associados, disse que a investigação conduzida pela Polícia Federal de Sorocaba "é completamente nula, porque foi iniciada de forma ilegal e conduzida por autoridade manifestamente incompetente". "Além disso, é fruto de perseguição política, não havendo nada de concreto a relacionar o prefeito nesse inquérito policial. Ademais, indiscutivelmente temerário o afastamento do prefeito baseado em ilações sobre supostas irregularidades investigadas. Os supostos fatos remontam ao ano de 2021, o que demonstra a ausência de qualquer contemporaneidade capaz de colocar em risco a continuidade do exercício do legítimo mandato do chefe do Executivo Municipal. Mandato este, inclusive, conquistado nas urnas, de forma legítima e maciça." Diz ainda que a "defesa reafirma sua confiança no pleno restabelecimento da verdade, reiterando que todas as medidas jurídicas cabíveis estão sendo adotadas para corrigir e reformar essa ilegalidade." Na segunda-feira (10), a defesa lembrou que já "foram tomadas as providências cabíveis visando reverter o ilegal e arbitrário afastamento do cargo" e disse que" rechaça veementemente as acusações e medidas impostas e aguarda que a investigação seja arquivada com brevidade, elidindo-se as injustas ilações vazadas." A defesa de Mott não comentou a questão na segunda-feira, mas tem declarado que a prisão ocorreu em virtude de conjecturas e suposições da policia judiciária. "A defesa irá esclarecer os equívocos. Além disso, trata-se de medida desnecessária, pois nosso cliente sempre esteve à disposição das autoridades e já prestou esclarecimentos iniciais. Desse modo, traremos esses pontos ao tribunal, que poderá compreender melhor os fatos." A defesa de Josivaldo, representada pelo advogado Daniel Kignel, disse na segunda-feira que os fundamentos que levaram à prisão dele "apenas demonstram a desnecessidade de medida tão drástica". "Os fatos imputados teriam ocorrido há mais de dois anos, não havendo qualquer justificativa plausível para a decretação de sua prisão. Como sempre, a defesa segue confiando plenamente nos tribunais competentes para analisar a matéria, e aguarda a reversão desta decisão." A defesa de Paulo Korek divulgou a seguinte nota: "Não sabemos o motivo real que levou ao afastamento do prefeito. Temos convicção plena que até o final do processo será provada a inocência do Sr. Paulo Korek. Estamos à disposição para qualquer esclarecimento." A Aceni, que efetivou com a Prefeitura de Sorocaba os contratos alvos da operação, disse que colabora com as investigações, "tendo em vista que ficará comprovada que não houveram práticas ilegais no curso da relação contratual havida com o município de Sorocaba, tampouco que justificasse nova (...) cautelar em face do instituto." Sérgio Peralta, em nota, disse que "nessa nova etapa da investigação não foi citado, nem tem envolvimento com ninguém que foi detido ou investigado" e que "continua à disposição da polícia para qualquer dúvida". As defesas de Rafael Pinheiro do Carmo e Anderson Luiz Santana não foram localizadas pelo g1. Cláudia Cenci Guimarães não quis se manifestar. A defesa de Vinícius Tadeu Sattin Rodrigues também não se manifestou. Simone Rodrigues Frate de Souza tem a mesma defesa do marido, que não se manifestou sobre a citação dela na reportagem. Sobre a operação A investigação que levou à operação teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação da Organização Social (OS) Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde em Sorocaba. A OS fez a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Éden. O g1 e a TV TEM conseguiram, com exclusividade, em julho de 2024, acesso a documentos de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Rio Grande do Sul. Com base nessas informações e em outras reportagens publicadas, o g1 preparou uma linha do tempo sobre o caso, das reuniões em 2020 às operações em 2025. Os documentos traziam elementos, obtidos via interceptação telefônica e quebra de sigilo de mensagens, de que a relação entre os investigados e a OS começou antes mesmo da eleição de 2020 e teria sido conduzida diretamente por Manga. Os documentos já estão com promotores de Sorocaba. Presidente da OAB explica medidas judiciais após afastamento de prefeito de Sorocaba Operação da Polícia Federal que investiga suspeita de corrupção na saúde de Sorocaba prende amigo e cunhado do prefeito Rodrigo Manga Polícia Federal/Divulgação Linha do tempo da Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que investiga irregularidades na saúde de Sorocaba (SP) Arte g1 Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM